Re-existência.


Por tudo que nos é repreendido, e não falo de nenhum deus, a não ser de nós mesmas. Por tudo que nos é barrado, evitado. Que nós possamos transbordar e sermos ridículas sim. Livres. Lindamente livres. Posto que viver margeada por clichês/estereótipos cansa. Cansa demais! Machuca, fere, deixa a carne tatuada por marcas. Por todos aqueles que nos a-creditaram loucas, ciumentas, emocionais demais, competitivas, grudentas, carentes. Não alimentemos essa paranoia. Que não nos coloquemos em classificações que podam aquilo que é/está vulnerável em quem declaradamente sente e se expõe. Que a gente seja o que quiser ser em nossa desamarrada exaltação de nossos humanos sentimentos. Pra depois ressurgirmos ainda mais desprendidas e descondicionadas. Quantas vezes, quantos lugares em que parecemos estar vivendo uma relação de mão única, de uma pessoa só. NÃO fomos nós que inventamos! Não existe relação de um só. Tudo é fruto... semeado, plantado e colhido também por quem pensa ter o controle sobre nós ou apenas tenta distrair o medo das escolhas/consequências. ~~  você não ama/gostou/vive/se relacionou sozinha ~~. Sim, o outro foi parte. Não se engane, e que uma vez enganada não duvidemos de nossa sanidade sentimental para delírio reconfortante daqueles que querem apenas ter o controle, por não se permitirem à potência que habita a fragilidade, que não sabem como e não se arriscam transbordar, que temem o inclassificável, o desclassificável, adeptos do seguro conveniente. E que mesmo pós-momentos de incredulidade, a gente não se perca de nós mesmas, de nossas essências. Ridiculamente humanas, essencialmente mulheres. Gente que não precisa morrer pra sangrar. Gente que não precisa morrer pra fazer nascer um novo ser. Gente que não precisa morrer. Gente que precisa viver: potências LIVRES



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