desbloqueio

um álbum dos anos 2000 que me leva a um lugar de conforto, como se o que fosse de ruim que existisse nesse agora, me fizesse ter a certeza lúdica absoluta de que será superado. afinal, estamos em 2022, e estou aqui, viva e vivendo. devo confessar que a adolescência foi uma fase de muitas crises internas, permeadas por paixonites e um mergulho profundo em descobrir quem era aquela pessoa que estava se formando. impressionante a força que o externo detém sobre algumas escolhas determinantes em nossas vidas. o que vivo agora é um momento de descobertas baseado nas certezas que se esvaem com aquilo que não se sustenta. como seria desfazer as bases que se formaram e  se firmaram ao longo de 36 anos? pois é, não tem resposta, porque a resposta é vivência. se propor e se arriscar. construir algo que nem eu mesma sei ainda o que é, ou como será. mas sinto que é um caminho bonito a ser tomado, com todas as suas dores e lugares de novas consciências. brindo essa lua em aquário, que me desperta dentro de tudo aquilo que mais importa, que vibra o coletivo e me faz ter novas visões de mim.

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