lá do lado de dentro ou quebra-peças.

[primeiro ato]
outra noite me preparava para dormir, ou melhor, tentava concentrar os pensamentos pra dormir e tive um surto de insPiração. BOOM, várias reflexões, insights ao mesmo tempo.
fiquei com preguiça de levantar pra escrever. esqueci, quer dizer, com algum esforço posso lembrar dessas tais conclusões. mas já foram, passaram. ou não. podem estar aqui dentro, escondidas, esperando o próximo surto para serem delatadas em riscos num papel.

[segundo ato]
a vida tem sido seca, direta. não é a mesma coisa que viver a vida alheia. é aprender através dos outros, mas sem ser projeção. o que traça um limiar muito perigoso. 
certa feita começei uma teoria sobre sentimentos, pode ser que nem seja tão teoria assim. no sentido distante da palavra. também ninguém disse que teoria tem que ser algo inédito, nem que fuja do óbvio, não é? pois então. 

[terceiro ato]
fui bombardilhada de situações. de sentimentos. começo por mim, confusa. sabe quando você pensa que já superou algo, mas não. parece que é pirraça! ou brincadeira fora de hora. (seria a mesma coisa?). sei que veio como furacão. como é que aprende a desapegar durante tanto tempo, meu Deus? tem uma hora que cansa. simplesmente poderia não ter existido. e como faz pra sentir falta de algo que nem amadureceu? sente. como é tão forte? sente. porque dura? sente. sentimento. sente, mente. mente que sente. mente que nem sente. será que é vício sentir? será que acomodei-me? será que recorro ao passado quando me desencanta o presente? capaz...

[quarto ato]
não acreditava na tal ruína do mês de agosto. enfim, tantas coisas que... agora acredito. bom, somente agora. pode ser que no agora daqui há 1 minuto não acredite mais. é só um mês. pode ser coincidência, não é? de repente tudo resolve acontecer de vez. foi assim do lado de fora. foi assim bem no meio do peito. todas aquelas perguntas já refeitas antigamente, todas voltaram. o jejum dos meses. a comparação. as indagações. a imaginação que tenta selar a carta não enviada, a situação não vivida, pra quem sabe dar um fim imaginário. é tudo e tanto e pouco e forte e dói e emociona e três pontinhos infinitos. é... sentimentos.

[quinto ato]
FIM - temporário.

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