Do que não se tem certeza, se não viver.

Engraçado o quanto a  vida pode nos surpreender. Na verdade, o quanto nós mesmos podemos nos surpreender e corremos o sério risco de ignorar esse fato por medo de viver.

Há um tempo atrás um amigo contava que após ver um certo filme saiu do cinema com vontade de se apaixonar. Ao contrário dele minha reação, ao assistir ao mesmo filme, foi de desengano, pensei: 'típico conto de fada moderno pra iludir as pessoas e ganhar dinheiro'. 

Bom, estou no agora. E agora penso que o ser humano precisa desses estímulos de amor. De viver, de fazer loucuras como se todas elas fossem dar certo. Esquecer um pouco de nós mesmos, enquanto protagonistas principais, e dividir as histórias, coadjuvantes, amar os outros...

Por mais que os finais felizes sejam contraditórios, ou pareçam inalcançáveis, a verdade é que eles não são, eles estão, somos nós quem os construímos. É isso que esquecem de nos avisar ao sair de uma sala de cinema, ao ver uma novela, ao ouvir um conto de fada, ao se espelhar na vida duradoura de certos casais. 

A gente vive, se encontra, se desencontra, tem fases, descobre, desapega, redescobre, reinventa e o coração se acostuma a esse papel de fênix. 


Não dá pra ficar condenando passado, é preciso saber, compreender, as próprias experiências.

Se a gente não vive, ou não viveu, como ter certeza? Não dá pra ser a gente, quando muitas vezes é o "eu". Viver é preciso, em todos sentidos.

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