De desalinho.

[Não deu.
É, não deu.
Mas não foi porque a gente não quis.
Foi porque a gente quis de formas diferentes.
E quando a gente se desalinha,
fica mais fácil se descosturar um do outro.]



É, a gente se quis, a gente se desejou, a gente se amou, mesmo que por segundos sentidos.

A gente parou no tempo, a gente ouviu um ao outro, a gente planejou, a gente sonhou, a gente criou saudades, mesmo que temporárias.

Aí o tempo veio e mostrou que era necessário ser mais que querer, era preciso estar em equilíbrio, e aí a gente se desequilibrou.

As horas já não eram mais as mesmas, nem os dias, nem as músicas, nem as palavras.

O mesmo tempo que nos aproximou em fração de segundos, fez eterno em mim a nossa despedida, a sua despedida, esse tal desquerer.
 

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