De concretude.


Não dá pra ignorar o fator amadurecimento em uma vida. Por mais jovens, por mais almas que livres. A idade chega. As novas percepções de mundo. É tanta ficha que cai que dava pra fazer uma piscina de fichas, e das grandes. Novos mundos, tantos mundos. Outros quereres. Pois é, muitos outros novos quereres. Talvez velhos, descambando pra realidade tardia, ou bem-vinda seja sua hora. Ainda acredito que nada seja por acaso, inclusive nosso poder de desejar. Na terapia da vida, e na conceitual também, aprendi que falar no plural ou como outrém é se eximir das próprias escolhas. E bom, já não posso mais fazer isso... não devo. Por mais que se viva grupos, um viva aos amigos grupos, sou eu. Minhas escolhas. E tem sido tantas ao mesmo tempo. Não há reclamação, há reflexão, muita. atordohoramente. É uma necessidade imensa que vem para encontro do ser, e não mais do estar. Apesar dos dois se complementarem perfeitamente. É um jorro de "ah, então era isso... ah, então era assim". Sentimentos concretos. Quando a vontade se torna questionável, a exposição do quanto vale a pena? E vale? É pena? Tempestade do sentir. E transcrever quando nem sempre estão maduros os pensamentos. Depois muda tudo, da forma de ler ao sentir. Mas é um registro único, de sentimentos. E isso torna qualquer depoimento original, uma realidade extremamente particular, mas que pode ser universal. TêDesviaHuei. Voltei. Sinto a idade. No corpo, na mente, no comportamento. Eu tenho medo de não ser o que eu era antes, não é do involuir, é do me mudar de mim. Mas sei lá se isso pode mesmo acontecer. Não quero garantias, só pensar, vinteequatroshoras initerruptas de reflexão. Será? Não sei. Mas do que se tem, afinal, do que retém, do que me tem. Tem muito. E acho que é esse muito que causa em mim essa pensação desarvorada de pertecimento despertencido. Não quero mais o que não mereço, o que já voou e não voolta. Quero o bem, meu bem. Bem-vindo seja dezembro.


♫ I've got all the riches, baby... I've got the month of may♫

 



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