De amarendurecer

- você tem que saber o que fazer. você TEM que saber.
- mas como eu vou saber? se eu não vivi o antes.
- mas está vivendo o agora, aprenda, faça!
- e quem me dá coragem?
- descubra, não há tempo para parar, aja.
- e se eu não quiser?
- não existe essa opção.
- por quê não?
- senão você perde.
- e se eu quiser perder? e se eu quiser reinventar o caminho?
- é uma escolha sua. as consequências também...
- então não há escolha? eu só tenho que saber, que seguir o que não sei ainda?
- você sabe sim, você apenas está com medo.
- pode ser... mas que medo é esse, você sabe?
- se lhe aflige, você é quem deveria saber...
- é verdade... mas eu acho que eu não sei.
- ou você acha, ou você não sabe.
- pode ser os dois.
- decida-se!
- difícil...
- então pare e pense.
- mas não foi você quem disse que não dava tempo de parar? que eu precisava saber?!
- é, só que antes você precisa descobrir... na verdade, querer. você quer?
- não sei, e se eu não tiver como voltar atrás?
- é porque você cresceu e agora as escolhas e consequências são suas. assuma!
- é difícil assumir algo, não é?
- pra você?
- é...
- reflita, então.
- reflito ou assumo?
- reflita e assuma, não há mais tempo a ser desperdiçado.
- eu vou assumir, eu sei que vou, mas eu preciso saber antes o que eu quero.
- e o que você quer?
- muitas coisas!
- ai! sempre essa prolixidade... resuma-se.
- eu quero viver.
- viva, se comprometa, faça suas escolhas, não há mais tempo de proteção, proteja aquilo que lhe faz bem, o caminho é recíproco, siga-o. 
- pois bem, desvendarei-o!

[de quando resolvi intermediar diálogo entre mente e coração. o processo continua...]