Despida em despedida.


E há de haver mesmo em toda despedida um despir-se. 

E não que alguém tenha morrido, mas algo sim. Esse algo,  morreu e se revelou.

É como se tantas coisas viv(id)as agora estivessem prestes a desviver, ou já mortas.

Será que um dia elas viveram de verdade? Acho que aqui do lado de dentro sim.

Engraçado que tanta coisa se modifica ao ser externalizada. 

Vive de um jeito do lado de dentro, vive de um outro do lado de fora.

É que toda passagem já é mudança. Passou, por dentro ou fora, mudou.

E de repente é assim também, tempo de mudar. 

Pra arejar, pra renovar, pra passar, sem voltar. 

Fazer nascer o novo.

O tempo novo de novo, 

nu
e
cru. 


Botero ♦ The Toilet ♦ Oil

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