da arte de se reinventar,



olhei tuas mãos, cada detalhe dos teus dedos, dos teus mapas, guardei teu toque. teus olhos, teu olhar, tuas cores. guardei da tua boca e provei o sabor de novo. até que chegou o dia da gente se reinventar. dói. mas tem dor que liberta, e nessa vida muitas vezes o que a gente precisa é se libertar e saber se libertar. te liberto. me liberto. pra fazer durar o que levaremos de bom um do outro. e num mundo que por vezes nos torna tão egocêntricos, foi bonito aprender a dividir com você. as lágrimas que me descem agora lavam e levam tudo aquilo que agora será memória. e o irônico de todo fim é mesmo esse poder de transmutar as coisas, as pessoas, os sentimentos. me enche o coração saber que de alguma forma já fui tua inspiração, música, admiração, uma imaginação real. viver teus sabores, criações, desejos. te conhecer de novo depois de tanto tempo, e fazer piada com o acaso e suas possibilidades. viver tua realidade, tua história, tuas novas etapas de vida. nesse caminho por vezes cheio de desencontros, te ter encontro, te ter surpresa, te ter companheiro... foi alimento breve, mas o suficiente pra significar tanto. e que nesse agora a gente reaprenda a ser leve o suficiente, pra aproveitar de todo o céu que temos e alçarmos lindos vôos, livres. boa sorte à nós, meu bem.



Ana_La | O balão





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