Crescer


Hilda por Duane Bryers
Crescer e perder. Abrir mão de ter apenas a razão pra ter a paz dos entendimentos. Dividir as razões. Ceder. Preferir a parceria que estar certa e só. Diferente de qualquer submissão, mas respeito e crença também no eu que mora no outro. Crescer e preferir a estabilidade saudável das emoções, mesmo que nem todas as experiências sejam plenas. Crescer e enfrentar o que há de mais interno pra ser alguém melhor para si mesma e naturalmente para quem está ao lado. Crescer e entender etapas, crescimentos que não nos pertencem, e sim e tão somente ao outro. Não nos pertencem. Não nos pertencem. Nãos nos pertencem. Viver o imprevisível sem medo. Uma tarde de sol, uma conversa sobre aquilo que poderia ser, não será, nem foi, sentar na beira do mar direto na areia, achar uma lua cheia no meio do céu. Crescer mexe demais. Faz refletir de dentro pra fora. De formas particulares e intensas. Já não sou mais aquela que escrevia o início desse texto há segundos atrás. Crescer é um processo tocante, imediato, sem pausa. Até que a morte um dia nos dê um ponto final.





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