Pela liberdade de ser o que se quer,



Quando nos falam que a gente precisa aprender a se amar antes de amar o outro, não é só sobre fazer o que gosta ou se agradar. O lance é profundo, pesa, dói, mexe com traumas e desconstruções, tem altos e baixos. Talvez maior desafio do que amar ou conviver ou dividir a vida com outra pessoa, é a tarefa de conviver consigo mesma/o. 

A gente vive numa sociedade que estar só parece sinônimo de fracasso, como se fosse status ou necessário ser amado/amada por alguém pra ter algum tipo de reconhecimento. 

Eu não quero ter relações pra essa sociedade, não quero dividir meu tempo com alguém só pra parecer algo ou cumprir um papel, eu não quero nunca ter medo de estar só. Tenho sido minha melhor companhia ao longo dos últimos meses. Muito bem acompanhada de amigxs e de uma família que me ensinam um monte sobre as relações de afeto. 

E sim, acredito que compartilhar a vida com alguém é massa, mas que isso seja verdadeiro, natural. Essa coisa da carência, desse amor romântico que nos impõem e criam uma necessidade ilusória de estar com alguém para estar bem é muito perigosa. Eu não quero ter esse compromisso de ser a felicidade de alguém, nem o contrário. Eu prefiro aprender a desvendar essa magia das relações humanas, sem nunca deixar de me re-conhecer também. 

Para além de amar outra pessoa, se curar é importante. Que a gente se permita e aprenda sobre o amor, se curando.

foto Matheus Thierry


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