O que aprendi depois de Gil

Um tempo atrás quando pensava em mudança, imaginava sempre algo relacionado a estar totalmente só, para aí sim o desafio ser real. Hoje aprendi que a gente não precisa estar só em nossos sonhos e desejos, nem negar apoio ou ajuda de quem tá perto. Isso não invalida a potência do nosso querer ou do nosso poder de realização. estar com é bom, é muito bom. Não precisar ser forte o tempo todo também. 

A solidão, a solitude, o crescer interno que somente tem o aval do acontecer a partir de nós mesmos também se faz das experiências que temos com os outros. Acredito hoje que o amadurecer também está nesse reconhecer das nossas vulnerabilidades, que não são necessariamente dependências ou relações utilitaristas. É buscar o saudável, o equilíbrio de tudo isso. 

No agora, a mudança que há tempos sonhei, vem se materializando com muita gente querida ao redor. E tenho por mim que depois que conheci algo sobre a morte de perto, essa espécie de ponto final que nos está fadado a acontecer enquanto houver vida ~ sendo com alguém que tanto amei e amo ~, foi quase inevitável entrar num pensamento-sequestro de que agora eu estaria só no mundo e que precisaria aguentar isso sozinha. 

Ser adulto é e não é sobre isso. Tá na forma, tá no jeito que a gente se cobra e se relaciona com as pessoas, com o exterior. A gente pode aprender sobre o estar só, a gente não ~ precisa ~ ser só. Por isso, quando a canção chega ao fim é muito mais sobre o que a gente escolheu ser. "é só deixar o coração responder..."



Comentários