Despedir-se

Cada despedida é também a despedida de um pouco de nós.

Por isso muitas vezes dói de uma forma que nos surpreende a intensidade.

Descobri duas coisas recentemente:

- Que abandono antes que me abandonem;

- Que isso iniciou-se após a morte de minha mãe.

Me dói ter ciência disso. E quantas vezes posso ter ferido outras pessoas,

por algo que era meu e somente meu. 

Por outro lado, me traz uma certa tranquilidade, ao conseguir de alguma forma

compreender a minha responsabilidade nisso, e no que posso fazer para mudar.

Não há o que temer, há o que transformar.



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