amor em tempos de guerra

me sinto carregando uma bandeira branca em sinal de paz, enquanto caminho por destroços.
do lado de dentro e de fora. sem saber se o cessar fogo alguma hora chegará.
cada vez que pareço encontrar alguém que se dispõe, ou parece estar disponível a conquistar territórios, um contra-ataque surge. é como cruzar fronteiras que desconhecem qualquer possibilidade de 
conquista, porque o jogo é justamente se manter eternamente em processo, mas nunca findá-lo.
guerra que se permeia por pura violência de ego. me sugam todas as táticas de autosobrevivência que tive que aprender pra continuar até aqui. pra depois, em meio, a um grande embate de sentimentos, apenas partirem. destruir outros territórios. não estão aptos a conquistas conjuntas, ou alguém perde ou alguém ganha. não existe vitória coletiva, parceria. desconhecem. tenho me mantido aqui entre meus destroços, às vezes certa de que o reconstruir por entre os pedaços do que me sobra virou uma rotina. às vezes com sopros de esperança de que o cessar venha, e enfim algum sentimento de terra firme se torne real.

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