Ineamável


Descobri essa palavra esses dias... se ela existe mesmo não sei. Ontem tava refletindo sobre tudo que não vai pra frente, assim como citei no texto anterior. Fiquei me perguntando: será que sou alguém ineamável? Sei lá, não é algo sobre ser uma pessoa que é ruim, mas sobre tantos desencontros que se repetem, e repetem, e se repetem. Será que em outra vida tive tantos bons encontros que nessa vim pra viver o contrário? Risos. Tento justificar o que não quero aprofundar. Geralmente vem essas explicações esdrúxulas.  Eu mesma quem crio. Agora, te digo, sei que há nisso uma construção de autoestima, ou melhor, uma manutenção de uma baixa autoestima que em alguns momentos segue para outro extremo. E tem também que tenho muita pressa. Que aconteça logo. Que seja logo, qualquer encontro. Dai acho que mina. A pressa, a ânsia, a insegurança. É que chega uma hora que a calmaria já não é mais tão ruim ou chata. Que antes ter pra onde voltar sem agonia, do que a emoção montanha-russa que alimenta o que fica no breve, e em nada se sustenta. Se em 35 anos tudo que aprendi de alguma forma me sabota, tenho ainda muito trabalho pela frente pra reverter isso (e se aqui ainda estiver, porque o tempo é quem conduz). 

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